sexta-feira, 21 de agosto de 2009

[ChapaDois Especial] Muda no Mundo… mas e no Brasil?

O início da conversa foi anunciado pelo diretor executivo do VivaRio, Rubem César já levando em conta a anunciação da guerra às drogas, um dia anunciada pela ONU. A guerra foi perdida e não é só no Brasil que notamos as implicações disso em nosso cotidiano. Mike Trace e Peter Reuter mostraram panoramas mundiais sobre políticas de drogas, todas mais eficientes do que a repressão ao usuário. Antes disso Celia Celia MorganMorgan gastou seus dez minutos de apresentação falando sobre suas experiências na ciência dos psicotrópicos.

Apesar de jovem, Celia possui importantes publicações, e no debate lembrou que a cannabis é uma droga da qual somente 9% dos usuários se tornam viciados. Apesar  disso, a doutora não classificaria a maconha como uma droga leve, ou sem risco, afinal salientou que a cannabis pode conter níveis elevados de incidência de transtornos psicológicos, embora não cognitivos. Celia Morgan falou sobre todas as drogas, legais ou não e trouxe ao debate um comparativo interessante que através de um gráfico mostrava vinte drogas classificadas de forma decrescente em relação aos males proporcionados ao organismo. Nessa tabela, a cannabis aparecia atrás não só do álcool, como também do tabaco. Ou seja, é impossível acreditar que a Santa Maria esteja proibida porque faz mal.

Mike e Peter

Na seqüência, Mike e Peter se revezaram no trocar de experiências com o público,  que participou ativamente na elaboração de boas perguntas aos convidados. Peter no começo de sua apresentação aludiu ao fato de que o ocidente consome muito mais droga e lembra que na China quase não há consumo de cannabis. Mike trouxe ao debate fundamentalmente o caso de Portugal, que optou pela descriminalização das drogas e teve um substancial resultado. Contudo, afirmou que cada caso precisa ser avaliado separadamente e uma política de drogas global evidentemente está fadada ao fracasso. Foi o público que trouxe o debate para o que mais nos interessa: a condição brasileira de caminha rumo a solução de seus problemas.

A frente da mesa principal ocupada pelos palestrantes, o espaço para expectadores estava parcialmente cheio, mas muito bem representado. Além de instituições particulares e sociais, também haviam representantes do governo federal, é o caso de Daniel Leder, funcionário da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, que falou com a nossa equipe ao final do evento. Como diria o Presidente Luís Inácio Lula, “nunca antes na história desse país” se debateu tanto sobre drogas, mediante isso, Daniel nos esclareceu de que forma o governo está trilhando seus primeiros passos sobre o assunto e ainda externou opinião sobre a Comissão Brasileira de Drogas e Democracia. A entrevista exclusiva você encontra aqui, no Hempadão:

2 comentários:

  1. Rumo a legalizaçao!!!
    Parabens Hempadao!!

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  2. Que moral heim rapaziada?!?!?!?!?1

    linkados na Globo !!!!

    parabens a todos pelo belissimo trabalho que vcs vem desenvolvendo....

    "um pra todos e todos pra um"

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