A reunião foi de fato intimista e com um proveitoso lastro de informalidade. O encontro com os três especialistas extrangeiros poderia abrir os olhos de muita gente sobre como a política de repressão pode ser ignorante, mas infelizmente só a Tv Brasil estava no local. O Hempadão marcou presença, chegou na hora marcada e twitou ao vivo para os leitores mais famintos pelas fast-news do debate. O salão do Instituto, coberto por mesas de pano azul com taças para vinhos tinto e branco.
Muito mais do que um coffebreak, os petiscos servidos eram pra lá de chiques – talvez “para inglês ver”. Alguém descolado do contexto do encontro poderia imaginar que estávamos na Grécia Antiga, setando imediatamente ao lado de Platão, dialogando com cidadãos respeitáveis sobre o bem comum e consumindo vinho, servido por garçons incansáveis. Porém ao contrário do que aconteceria no tempos antigos, a única mulher da mesa chama atenção por sua beleza e simpatia, mostrando lá que o álcool é a verdadeira droga mais perigosa.
Apesar do público ter de cem por cento de concordância ao que foi dito pelos convidados, as perguntas foram em sua maioria boas explanações de novas informações e experiências. Talvez o encontro tenha sido ainda mais proveitoso para os membros da mesa, extrangeiros que tomaram contato com a realidade brasileira, principalmente pelo comentário-desabafo de um dos presentes – foto ao lado – que mencionou sobre uma verdadeira mutreta que seria o estado dizer que combate às drogas, quando na verdade, no âmago da questão, trava é uma batalha covarde contra a população desfavorecida.
Em determinado momento Peter Reuter afirmou com todas as letras que caso as drogas fossem legalizadas as famílias de classe média sofreriam mais. Ora, isso devemos negar, afinal, como haver mais sofrimento do que a repleta marginalidade? Numa oportunidade, Mike Trace não teve nenhum pudor em admitir que fumou maconha durante um período proveitoso de sua vida e afirmou ainda que isso fazia parte de um direcionamento político do Reino Unido, ou seja, a nova frente do poder jogava com sinceridade em relação a isso, admitindo sem carater pejorativo suas experiências, assim como o atual presidente dos EUA.
Aos olhos de um repórter atento, nunca poderia passar despercebido o consumo de drogas logo numa encontro que promove o debate sobre o assunto. Por isso além das taças, sobre uma determinada mesa nosso fotógrafo flagrou vestigios de uma droga de mascar, usada para curar o vício de uma outra droga, o tabaco. Veja só:
Detalhes a parte, a cobertura do Hempadão não ficaria completa se não aproveitassemos a oportunidade para conversar com o Diretor Executivo do VivaRio, Rubem Cesar, que trocou uma ideia rápida com a gente já no final do evento. Sinceridade e boas análises entram nessa roda, por isso acompanhe mais uma entrevista exclusiva:
"é uma comissão ridícula" foi isso mesmo q ele disse ou eu ouvi errado?! Que isso! O cara cria a comissão e ele mesmo mete o pau?! Essa não entendi!
ResponderExcluirUm pouco controverso mas no final eu achei que ele ponderou e citou aspectos importantes da comissão.
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