por Lucas Kastrup
O rastafarianismo teve origem na Jamaica, na década de trinta, como conseqüência de um forte movimento de consciência negra, auto-identificado como anticolonialista e que lutava contra as péssimas condições dos operários negros nas fábricas e contra certos traços políticos e sociais jamaicanos, entendidos como sendo os resquícios da escravidão. Este movimento, originalmente chamado de “garveyta”, foi liderado por Marcus Mosiah Garvey, líder sindical e descendente dos marrons - principal comunidade de escravos foragidos e que se tornou impenetrável no século XIX.
Entre outras coisas, Marcus Garvey tinha como ideal o projeto da “repatriação”, que seria o regresso de todos os negros e afro-descendentes de volta para a África. Para esse fim construiu a linha de navegação “The Black Star Line”, mas não obteve êxito.
O movimento foi rebatizado e também estimulado com a coroação de Ras Tafari Makonnem que recebeu os títulos de Haile Selassie I (Poder da Santíssima Trindade), Majestade Imperial da Etiópia, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Ras Tafari reinou na Etiópia de 1930 até 1974. Este é um país de maioria cristã copta, portanto não católica e, da mesma forma não “rastafari”, sendo reconhecida historicamente como uma das primeiras nações cristãs de todo o mundo.
Garvey havia profetizado: “Olhem para a África, onde um rei está para ser coroado e o dia da redenção se aproxima”. A notícia da coroação do rei africano, trazendo títulos bíblicos e sendo reconhecido como o descendente da dinastia do rei Salomão - conforme postulava a Igreja Copta da Etiópia - trouxe uma renovação para a identidade da população negra e rural nas montanhas jamaicanas, que passou a louvar o imperador etíope em suas comunidades auto-sustentáveis, sendo uma resposta quase imediata para a profecia de Marcus Garvey. Para os rastafaris, Haile Selassie I é também conhecido como “Luz do Mundo”, “Cabeça do Criador” e “Cristo na Terra”.
Com o advento do estilo musical reggae, que uniu instrumentos convencionais da música pop mundial, como baixo, bateria, teclados e guitarras e os mesclou aos tambores e à estrutura rítmica e melódica dos cantos tipicamente rastafaris - processo que teve início cerca de trinta anos após a coroação de Ras Tafari- o “rastafarianismo” ganhou força, se expandiu e desde então passou a ser reinterpretado localmente por diversas comunidades espalhadas pelo mundo. Processo este, que se mantém vivo até os dias de hoje.
Cara vem fazer propaganda no blog, e ainda deixa a url errada...hahaha
ResponderExcluirBlessed Love My Lord
ResponderExcluirWork Bem Realizado Sobre a Cultura de InI, Fico Feliz em Ver a Galera Passando um Pouco da Cultura Rasta. O Ras é ser normal aonde vive dentro de seu direitos e vive apenas da lei de Deus Jah RastafarI.
Coração da Trindade Emmanuel I Selassie I Jah RastafarI
Indico o Blog: www.culturarastacr.blogspot.com / para quem quiser sabe mais
mto interessante, parebens
ResponderExcluirFaltou um Pouco de Jah, quer dizer tudo sobre jah não foi dito nada !
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