sexta-feira, 28 de agosto de 2009

[Ed. 26#] bONG: Trocação de ideia com a Guarda! HappyEnd…

por Marco Hollanda

Sam é natural de Santa Catarina, mas entre 2000 e 2006 mudou-se Brasília onde trabalhava e estudava. Antes disso, já desfrutava dos prazeres da Maria Joana. Mas foi na Capital Federal que conheceu seus "irmãos de erva".

O ritual sagrado era realizado sempre as sextas-feiras na hora do almoço. Em parceria com mais dois amigos, San caminhou pelo parque da cidade até um ponto perfeito para invocar Jah. Nesta tarde a viagem sem escalas até a Jamaica ocorreu sem nenhum tipo de turbulência. Passado a onda era hora de renovar o estoque de ganja. Como de costume, comprou 50g.

brasilia-parque

Com a mochila chapada Sam ainda retornou ao trabalho antes de seguir para a faculdade. Só que aquele não era um dia de grande motivação para ficar dentro de sala de aula. O pedido de duas amigas para queimar um pouco da erva recém comprada era irrecusável.

Escolhido o ambiente, Sam tirou uma lasca e guardou o restante da pedra na mochila. Mas no instante em que realiza o sagrado e minucioso ritual de acochar a erva na seda a Guarda se lançou em ataque. “Mãos na cabeça vagabundos”, disparou um dos tiras. Naquela hora, Sam percebeu o olhar de desespero de suas amigas, mas conseguiu manter a calma e começou a pensar em soluções para sair da melhor forma possível daquela situação.

Mesmo conseguindo manter o controle da mente Sam cometeu um deslize ao mentir para a Guarda. Ele respondeu com uma afirmativa ao ser perguntado se o flagrante se resumia apenas ao baseado que estava sendo apertado. Sequelou ao esquecer que a Guarda não se contentaria apenas com aquela resposta. Ao revistarem a mochila, encontram o restante do tesouro guardado.

No instante em que a Guarda saca as algemas para enquadrar os três, nosso personagem decide assumir toda a responsabilidade e pede para que suas amigas sejam liberadas. A resposta foi curta e grossa: “cala a boca, maconheiro!”. Sam calou-se e decidiu pedir ajuda silenciosa para Jah.

A decisão da Guarda foi de encaminhar todos para a delegacia. Como não havia viatura disponível no momento, os tiras decidem passar o tempo antecipando o interrogatório. Foi aberto o espaço para o diálogo. Sam limitou-se a dizer que trabalhava, estudava, e sabia que estava infringindo a lei ao incendiar a palhoça. Com um pouco mais de conversa, a Guarda se mostrou mais relaxada e até retirou as algemas do nosso amigo.

Com toda cautela do mundo, ele começou a apresentar seu ponto de vista sobre a relação de Adão com a Erva. Disse que não fazia sentido proibir algo que nunca matou ninguém, e que pode até ser utilizado de forma medicinal. Lembrou que o álcool e o cigarro matam milhares todos os dias, mas nem por isso são proibidos. Declarou ser contra o tráfico, e que se pudesse plantaria em casa.

Para surpresa de Sam e suas amigas, os PMs escutaram atentamente o discurso e até concordaram com algumas coisas. E como a viatura estava demorando a chegar (já estavam esperando há 2 horas), o tenente responsável por aquela guarnição resolveu liberar a todos. Livres de tomar mais uma dura do Delegado, Sam e suas amigas chegaram atrasados na aula, porém com ficha limpa e consciência tranquila.

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[TODOS os textos publicados nesta editoria são baseados em fatos reais, narrados por nossos leitores. Para contar sua história manda um e-mail para hempadao@gmail.com]

15 comentários:

  1. Quando teremos liberdade?!

    Sam e sua amigas deram muita sorte! seu pedido de ajuda silencioso a Jah, foi atendido =)

    vlw

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  2. Já escapei da guarda até com caixa de bombom...
    qualquer dia juro mandar a história pra vcs...
    porcos fardados!

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  3. Cat

    UFA!
    Também já me salvei de uma dessas... sorte, sorte, sorte...

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  4. Eu tambem tenho uma historia foda! mas to completamente sem tempo para escrever!!
    Fiquei impressionado com os policiais ........ sera que realmente o descurso fez abrir novas reflexoes e conclusoes em suas cabeças, ou eles viram que se tratava realmente de estudante esclarecido, e viram que nao tinha como foder eles!?

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  5. Foi Jah mesmo que salvou Sam. Nenhum policial alivia prá quem é pego em flagrante... tochando um... ainda mais com 50g adicionais no flagra. Jah Live!

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  6. Muita sorte mesmo, o cara até esquece que perdeu 50g e fica agradecido por não ter sido levado à delegacia. Boa história! O hempadão poderia postar mais.

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  7. Nossa otima historia... hehehehe!
    Eu agredeco tambem por nunca ter passado por nenhum aperto...
    mais creditos tambem a argumentacao de Sam que deve ter sido otima...
    eu tambem falo assim nos lugares em que vou, nao tenho nenhum problema em dizer minha opiniao pra gente que ainda tem a mentalidade de que maconheiro eh vagabundo!
    nos trabalhamos, estudamos, contribuimos para o Estado... e para o mesmo nao reconhecer uma coisa obvia, que ainda cotribuira pra ele..
    enfim, continuaremos na luta!!
    hehehehe!!
    legalizeee...

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  8. Só pra complementar, a comunidade maconheira de Brasília é gigantesca; jovens, coroas, servidores públicos, juristas, professores... A UnB é um fumodromo a céu aberto, mas cada vez mais sofrendo o pré-conceito de uma classe de jovens robozinhos pronto para viver sem razão e servir o Estado corrupto e sanguessuga (Se não quiser, não fuma; ok... Nas não queira impedir quem quer fumar, ora bolas!)...
    Jah nos abençoe!

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  9. Que sorte do Sam!
    Aqui no RJ tava só com um baseado, os porcos fardados chegaram, e no "desenrolo" tomei um tapa na nuca e perdi R$50. Sorte do Sam...

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  10. "A UnB é um fumodromo a céu aberto"

    Calma, meu brother.. Nem tanto. Se vc procurar, é fácil encontrar. Mas ninguém sai acendendo a brenfa em qualquer canto.
    Agora, Brasília realmente tá desse naipe. Só não ver quem não quer. Já tomei bote parecido com o da história de hoje - mas sem os 50g flagrando - e saí ileso também.
    A Governo do Distrito Federal firmou uma parceria com a Universidade Católica de Brasília e vai prover curso superior a toda Guarda da capital. Em breve, espero que a nossa polícia possa usar mais a cabeça e o bom senso antes de enquadrar todo caso relacionado a isso.
    Cada dia mais perto do livre

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  11. pediu pra jah ,não demorou...

    muito boa a historia..
    pena que ficaram sem a ganja;

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  12. Realmente a UnB não é um fumódromo a céu aberto. Mas tenho que concordar com o cara que disse que cada vez mais a gente tem que conviver com o preconceito da galera de cabeça fechada.

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  13. Já contei por aqui,numa blitz os caras acharam meus 3 baseadinhos e me devolveram!
    Numa balada o gerente só faltou me matar por causa de um baseado,e acabou demitido por isso na mesma semana.As coisas estão mudando,e pra melhor!

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  14. Realmente a massa de maconheiro de Brasília é bem grande... é isso ai vamos legalizar mesmo e mostrar q não somos vagabundos!
    Os porcos fardados vivem rondando na facul onde a massa fica reunida, mas não da nada so baixamos a bola e depois continuamos...hahauhauha
    BABILÔNIA AKI NÃO!!!

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