[Chapa2 Especial] Primeiro Encontro da Comissão Brasileira!

Na última sexta-feira a Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia se reuniu pela primeira vez na Fio Cruz, fundação localizada no Rio de Janeiro. Encabeçada por Fernando Henrique Cardoso e integrada por um total de 27 participantes, a Comissão teve o papel importante de revelar à sociedade civil algumas realidades ignoradas pela população através de décadas. O ex-presidente brasileiro abriu o evento com a missão de reportar tudo que já tinha sido divulgado após o encontro da Comissão Latino-Americana, da qual é líder juntamente com outros dois ex-chefes de governo. Umas das mais árduas tarefas é provar que a repressão não é a forma mais inteligente de se gerir uma política de drogas nem no Brasil, nem em qualquer outro lugar. A proposta é que de cada reunião seja emitido um documento a ser remetido à ONU.

A comissão foi acusada por muitas pessoas como sendo relativamente falha, no sentido de não conter participantes com o devido e necessário conhecimento de fato, ficando assim à margem do debate. Porém é justamente esse o intuito, chamar para a conversa aqueles setores da sociedade que estão normalmente mais ocupados com outros assuntos sem sequer perceber que o papo sobre drogas não vive somente na boca da juventude, mas é na verdade um debate que envolve múltiplas interpretações e responsabilidades tanto pessoais quanto do governo.

Dentre os participantes presentes na comissão estavam a atriz Lília Cabral, a ministra Helen Gracie, o jornalista Zuenir Ventura e o deputado Paulo Teixeira, além de representantes de diversos outros setores do âmbito médico e jurídico. No início do pronunciamento de cada um deles foi unânime o agradecimento pelo convite e a parabenização a FHC pela coragem e sagacidade em fomentar o debate. Um dos grandes apoiadores da comissão, o já entrevistado por nós, Rubem Cesar Fernandes, diretor executivo do Instituto Viva Rio, mediou por bom tempo a conversa em quem o ex-presidente da República respondia os maiores dilemas e questionamentos da Comissão.

Durante um vasto período de tempo a Comissão precisou se reunir de portas fechadas, evitando todo e qualquer contato com a imprensa. Pouco antes do intervalo para o almoço a coletiva de 15 minutos concedida por Fernando Henrique movimentou a imprensa que se aglomerou ao redor do ex-presidente para questionar sobre o futuro da política de drogas e até mesmo o que o teria levado, como figura pública, a reacender esse debate. A resposta para essa pergunta você acompanha na íntegra aqui no Hempadão:

Mais conteúdo sobre o primeiro encontro da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia você encontra esse semana aqui no blog. Entre na roda e deixe registrada a sua primiera impressão. E aí?