quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

[Ed. 50#] bONG: Essa dura vale um Filme - Parte 1!

por Marco Hollanda

Parece filme de terror. Você pensa que se livrou das garras do vilão, segue sua vida normalmente, e depois de certo tempo ele volta para lhe caçar. Os personagens principais desta história são usuário de maconha e um negligente policial carioca. É importante registrar que, na época do ocorrido, o usuário ainda era menor de idade.

CAPITULO 1

A missão era no morro da Formiga, Zona Norte do Rio de Janeiro. Naquele dia tinha a companhia de um amigo que ficou no pé do morro esperado ele ir às compras. Quando descia as escadas da comunidade com o pequeno flagrante na bolsa (duas parangas de dois reais) percebeu que o amigo não estava mais no local marcado para o reencontro. Já temendo o pior ele joga a erva recém-comprada no canteiro de uma árvore.

Mas ele logo encontrou o amigo. Afinal, ele estava encostado em uma parede, com as mãos para o alto e as pernas abertas. Não deu tempo nem para respirar fundo quando um dos policiais gritou:

- Você acha que eu sou otário? Vai pegar o flagrante ou quer que eu pegue?

- Eu pego!

Mesmo assim, o tira saiu na frente e foi em passos certeiros até a arvore onde estava o saquinho recheado de cannabis, que rendiam no máximo uns três baseados. Não satisfeitos, os guardas começam um vexatória revista em busca de mais um flagrante. Sem sucesso na busca, decidem encerrar a operação e liberar os dois garotos.

A história seria mais um bONG comum se terminasse aqui. Eis que para um carro e dela sai uma mulher que grita:

- O que vocês estão fazendo com eles:

- A senhora é mãe deles? – pergunta um dos guardas

- Não, mas eu trabalho no Ministério Público – disse enquanto mostrava o crachá.

A mulher fez valer de sua autoridade e obrigou que os dois fossem conduzidos até a delegacia e os pais avisados. Seguindo a hierarquia do poder público os PMs não pensaram duas vezes antes de acatar aquele pedido.

Chegado à DP os jovens foram conduzidos por um dos guardas para um lugar inusitado: o banheiro. Lá dentro o ‘homem da lei’ faz aquela proposta que muito maconheiro já ouviu:

- Vocês não vão assinar nada. Mas quero ver quem vai lembrar de dar um agrado para o amigo!

Um acordo foi selado e os dois foram liberados. A mãe do personagem principal desta história, que soube naquele dia que o filho era o usuário de maconha, se recusou a pagar qualquer tipo de propina. Mas o pai do amigo “fez um agrado” para os guardas. Cada um ganhou um computador.

Pensa que acabou? Essa história ainda vai promover muitos arrepios.

CONTINUA NA PRÓXIMA SEMANA!

Um comentário:

  1. kkkkkkk... bem legal mesmo, o que sera que aconteçera com Mario e Juano? vejam na proxima semana.

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